Aprenda a usar a comunicação não verbal a seu favor

Pesquisas indicam que a linguagem corporal pode mudar o comportamento das pessoas e influenciar seus resultados.

Donald Trump, em 20 de janeiro de 2017, tomou posse como o 45º presidente dos Estados Unidos. Apesar da importância e simbologia do momento, os holofotes – da imprensa e das redes sociais ao redor do mundo – estavam voltados, quase que exclusivamente – às suas expressões faciais e da nova primeira dama, Melania Trump.

O jornal El País, maior periódico da Espanha, chegou a publicar que “tudo eram sorrisos” para a primeira-dama, até que seu marido lhe deu as costas.

Então, seu rosto se tornou sombrio em questão de segundos”. A comunicação não verbal está em todo lugar. E com o crescimento das redes sociais e compartilhamento rápido de arquivos, muita coisa acaba por “virar meme”.

A pesquisadora, palestrante e professora da Harvard Business School, Amy Cuddy estuda as relações entre sucesso, influência e linguagem corporal.

Seu livro “O Poder da Presença” (Sextante, 2016) foi baseado em uma palestra do tipo TED Talks, que já teve mais de 35 milhões de visualizações e traz conselhos bastante práticos para tirar proveito da linguagem corporal, ganhar segurança e passar uma imagem positiva.

Cuddy afirma que os cientistas sociais passaram muito tempo pesquisando sobre os efeitos da linguagem corporal e os julgamentos que são feitos através dela. Eles constataram que esses julgamentos podem prever resultados muito significativos sobre quem as pessoas contratam e por quem elas se interessam.

“A pesquisadora mostrou que quando as pessoas assistem a clipes mudos de 30 segundos, com interações reais entre médico e paciente, seu julgamento sobre a gentileza do médico prevê se ele será ou não processado. Não tem a ver com a competência que ele demonstrou  ou não, mas se as pessoas gostaram da forma como ele interagiu com o paciente”, explica.

Linguagem Corporal e a Ciência

Uma pesquisa feita por Alex Torodov, da Universidade de Princeton, mostrou que é possível prever qual será, pelo menos 70% do senado americano, analisando somente o rosto dos candidatos.

Outra pesquisa, feita pela professora da Universidade de Columbia, Jessica Tracy, sobre a expressão do orgulho de vencer uma competição, revelou que mesmo pessoas cegas desde o nascimento, levantam os braços e o queixo quando chegam em primeiro lugar, ainda que nunca tenham visto alguém fazer isso.

Todas essas pesquisas e informações apontam a importância da comunicação não verbal nas interações sociais. Cuddy acredita que quando as pessoas têm consciência sobre a importância da linguagem não verbal, elas podem utilizá-la não somente para avaliar os outros, mas para moldar a si mesmas de acordo com o que desejam ser.

A pesquisadora aconselha que antes de uma entrevista de emprego, ou de uma situação em que será avaliada profissionalmente, a pessoa permaneça ao menos dois minutos em uma posição que indique poder: em pé, com o peito estufado e as mãos na cintura, por exemplo.

“Não é tanto sobre o conteúdo da fala, mas sobre a presença que se traz para a fala. Nossos corpos podem mudar nossas mentes, e nossas mentes podem mudar nosso destino. Se você não crê nisso, finja até ser verdade. Isso é possível”, indica.

“Nossos corpos podem mudar nossas mentes, e nossas mentes podem mudar nosso destino”

Lendo a Linguagem Corporal

Paulo Sérgio Camargo, que é especialista em Linguagem Corporal e Grafologia diz que durante uma conversa, 35% da linguagem utilizada é verbal e 65% é não-verbal, sendo que a segunda chega a ser considerada em muitos países e corporações, como uma competência mais importante que uma segunda língua.

“Por meio das expressões de uma pessoa é possível saber muito sobre sua personalidade e, durante negociações, entrevistas e vendas, é possível influenciar o outro de maneira decisiva”, destaca.

Camargo é autor do livro “Não minta para Mim – Psicologia da Mentira e Linguagem Corporal” (Summus, 2015) cujo objetivo é revelar ao leitor um meio prático de lidar com os mentirosos, reconhecer as mentiras e evitar as armadilhas que elas impõem em diversos contextos: em casa, na escola, no ambiente de trabalho e na política.

“A boca pode dizer uma coisa, mas o corpo expressa outra. Uma pessoa que está mentindo mostra sinais de estresse e ansiedade, como piscar os olhos mais que o normal, como levantar um ombro ou uma das sobrancelhas, ou afirmar que não com a cabeça quando está dizendo que sim”, descreve.

Para quem está procurando emprego, o especialista sugere o uso da linguagem corporal como um fator que pode colaborar para conseguir a vaga.

“Quando entrar na sala, dê um aperto de mão firme na pessoa que o entrevistar. Encare-a, seja natural, não faça gestos dramáticos e utilize uma roupa de cor sóbria. Para as mulheres, o ideal é o cabelo preso e não usar decotes profundos. Responda de forma tranquila e direta e sempre seja cordial na hora de sair, ainda que não conquiste a vaga”, indica.

Para utilizar sua linguagem corporal da maneira certa, participe do curso Formação de Oradores e Palestrantes da Febracis. Esta é sua grande oportunidade persuadir os ouvintes e transmitir uma imagem de credibilidade.

Por Fabiana Siqueira Schmidt

Artigos publicados em nosso blog

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