7 passos para alcançar a excelência na sua empresa
Como empresas que nasceram em um mesmo período de tempo, com os mesmos recursos e apresentando seus produtos para o mesmo público, tiveram resultados tão diferentes? Algo em torno de 6, 8, 10, 15 vezes mais do que o de uma empresa comum? Como explicar tamanho sucesso? É apenas sorte? Estar no lugar certo e na hora certa? Ou será que há fatores que podem realmente ser estudados e posteriormente modelados para que outras empresas também aprendam este mesmo modelo vencedor?
Neste artigo, a proposta é trazer uma visão de como potencializar os resultados obtidos por uma empresa em 7 passos simples. Você verá quais são os fatores-chave e, principalmente, como potencializar a excelência nos resultados, baseados em estudos e pesquisas realizadas em literaturas de negócios, business, liderança e neurociência, onde, comprovadamente os resultados foram obtidos e coletados.
1º Passo: Saber onde sua empresa está
O primeiro passo é saber exatamente que o resultado que a sua empresa está vivendo hoje é apenas um fruto da maneira pela qual ela foi gerida até então. Se tudo o que está indo muito bem ou muito mal está trazendo resultados positivos ou negativos é o fruto desta forma de trabalhar. Utilizando, assim, os sentimentos necessários para que produzam este conjunto de verdades que se autorealizam. Essas verdades são denominadas de crenças, sob as quais esta empresa é gerida.
A partir desta percepção e deste entendimento é que os resultados poderão mudar e aqui são mostrados e comentados alguns conceitos, técnicas e estratégias de como os melhores índices podem ser alcançados. Se os resultados vividos pela sua empresa neste presente momento são satisfatórios, aqui, é importante salientar que o fator número 1 para a estagnação até chegar o crescimento, é a aceitação da verdade comum que o resultado está bom. E é exatamente este o fator que motiva todas as empresas feitas para vencer, que é justamente a insatisfação com o resultado bom, havendo sempre uma busca pelo excelente.
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2º Passo: Humildade Pessoal e Força de Vontade
O segundo passo para atingir a excelência é a liderança e neste caso em especial, atingir a liderança nível 5, que segundo o autor Jim Collins, é um conceito descoberto empiricamente e não conceitualmente. A Liderança Nível 5 é um tipo de liderança, até então, não muito observada nas empresas, pois estes são líderes que constroem a excelência duradoura por meio de uma mistura paradoxal entre humildade pessoal e força de vontade, voltados exatamente e exclusivamente para o pilar profissional.
São líderes modestos, determinados, humildes, que jamais permitem que o ego e que priorize primeiro os interesses da empresa. Estas características junto com este comportamento garantem que a empresa será gerida de forma bem-sucedida e preparada para uma sucessão semelhante. Ao contrário disso, observa-se com frequência outros líderes em empresas sem sucesso preocupados com seu ego, sua reputação e sua grandeza pessoal, o que as leva ao fracasso.
“O mundo está repleto de gerentes e desesperadamente carente de líderes. É preciso conhecer a alma humana e servir a sua equipe.” (Paulo Vieira)
3º Passo: Contrate as pessoas certas
O terceiro passo é saber exatamente quais são as pessoas certas para se contratar para a empresa. É importante que o gestor sempre tenha em mente que as pessoas certas é que levarão a empresa para o crescimento. Não são apenas pessoas com capacidade cognitiva, mas sim, pessoas com caráter, com o perfil de pensar no crescimento da empresa, do negócio e não apenas de resolver problemas.
As pessoas certas estarão comprometidas com o cumprimento dos objetivos da empresa e não irão se frustrar caso os objetivos sejam mudados ou alterados no decorrer do tempo. As pessoas certas são automotivadas e autogerenciadas, elas possuem no seu interior o impulso por darem os melhores resultados e a visão de construir algo grande.
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4º Passo: Foco na solução e não no problema
O quarto passo é sempre trabalhar, liderar, gerir com a verdade posta em qualquer situação que seja. Os melhores líderes utilizam perguntas para se obter os melhores resultados em suas empresas, visto que as perguntas inteligentes levam a resultados excelentes. O foco não deve ser no problema, mas sim na solução, portanto, a melhor ferramenta para manter o foco são as perguntas certas. Ter fé no resultado é ser resiliente e as empresas feitas para durar ao enfrentar a dura realidade dos fatos não se tornaram mais fracas ou desanimadas, mas sim mais fortes e flexíveis, como se existisse uma sensação de plenitude para encarar tudo e crescer cada vez mais.
Tendo isso em mente, sabemos que também é de extrema importância aplicar a gestão de conflitos nas empresas.
5º Passo: Onde sua empresa é a melhor?
O quinto passo é saber exatamente a atividade na qual sua empresa pode ser a melhor do mundo e ao mesmo tempo quais sua empresa não pode. É saber também qual é o seu motor econômico, como gerar com muita eficácia o fluxo de caixa e a lucratividade de forma muito eficaz e contínua. Por último, é identificar quais são as atividades que realmente são apaixonantes na empresa.
6º Passo: Cultura organizacional saudável
O sexto passo é construir um sistema coerente entre as pessoas e a empresa, com restrições claras. É fundamental dar liberdade e responsabilidades aos indivíduos, pois isso possibilita eles trabalharem com mais autodisciplina, diminuindo a necessidade de serem dirigidos. Neste modelo, é necessário apenas gerir o sistema e não as pessoas diretamente. Deve-se criar uma cultura organizacional e não uma tirania, pois assim, os valores serão executados dia a dia por todos.
7º Passo: A tecnologia a favor da sua
O sétimo passo é utilizar a tecnologia como fator de rompimento, para somar ao crescimento da empresa. A tecnologia não é o fator principal, mas é um dos fatores que contribui e acelera o crescimento da empresa, tornando-a vencedora.
Ao mesmo tempo em que se deve ousar em busca da excelência, não se deve deixar de lado a qualidade das conexões, dos relacionamentos entre os níveis hierárquicos. Estudos e pesquisas publicadas em Oxford, nos Estados Unidos, indicam que o tamanho de cada unidade da empresa deve ser o menor possível, pois há uma razão neurocientífica ligada ao comportamento humano, onde Babuínos e outros primatas passam muitas horas com outros integrantes do seu grupo, cuidando e afagando uns aos outros. O valor desta atividade está na manutenção dos laços sociais entre os primatas.
Outro fator para potencializar a excelência é a de aumentar o nível cognitivo da equipe de trabalho. Estudos mostram que à medida que cada pessoa da empresa conhece mais sobre o todo, ou seja, sobre a estratégia, sobre os objetivos, sobre os processos fim a fim, mais engajamento e maiores são seus resultados. Afinal, quando todos sabem o verdadeiro propósito da tarefa singular que fazem, todos conseguem ver a sua pequena parte dentro do fluxo do processo maior dentro da empresa.
Aliado a este fator, deve-se promover também o sentimento de propriedade no indivíduo, para que cada pessoa seja o dono do lugar e o lugar seja o seu dono. Este é um comportamento que impulsiona exponencialmente os resultados individuais da empresa. Aliado à neurociência, todos os indivíduos precisam se sentir pertencentes a um grupo social e por este motivo, quando as pessoas certas, com os valores alinhados aos da empresa estão desempenhando seus papéis, elas simplesmente atingem níveis de performance e resultados excelentes.
Na prática…
Ao final de todas estas etapas, como conseguir introduzir estes conceitos dentro das empresas? Na prática, é necessário criar multiplicadores, pessoas nos diferentes níveis hierárquicos que promovam esta cultura para potencializar a excelência nos resultados, identificando no corpo atual quem são as pessoas certas para permanecerem e ao mesmo tempo quem são as erradas e dispensá-las. Além disso, é fundamental olhar constantemente o mercado para sempre buscar profissionais certos e alinhados com o caráter e valores da empresa, e sabendo que principalmente, não haverá mudança sem uma sequência de ações claras, precisas e intensas.
Artigo escrito por Tiago Maccagnan
Master Coach – Curitiba